segunda-feira, abril 13, 2009

Desligue a televisão e vá...



... ler um livro!



"Para que ter um emprego? Para que ter uma casa de dois andares em uma rua arborizada? Para que uma cafeteira, uma máquina de lavar, um tíquete de metrô? Abrir uma conta no banco, ter um cartão de crédito, assinar contratos? Despertador, TV a cabo, férias na Riviera? Crianças na escola, carro do ano, comida na geladeira? Quem disse que a vida precisa ser só isso? É essa vida que você escolheu? Tem certeza de que você precisa disso?
Relaxe. Sinta o sangue correndo em suas veias. Feche os olhos. E prepare-se para a viagem."


Trainspotting na gíria escocesa é uma atividade sem sentido, algo que é uma total perda de tempo.

"Explicitando toda a dor e a banalidade de ser jovem em um mundo de portas fechadas, os personagens preferem se perder em um mundo de contravenções, vagar pelas ruas sem rumo, a ceder a uma vida adulta que não faz o mínimo sentido" (Trainspotting de Irvine Welsh)

Escrever sobre coisas que eu gosto normalmente é difícil. Se fosse sobre algo que eu não gostasse, era só falar mal e pronto. Mas este livro é fantástico, não sei explicar o porquê. E é exatamente por isso que eu gosto, as coisas mais impressionantes não têm explicação, elas falam por si próprias. E quando se vai ver, elas já fazem parte de você.


Pra quem tem preguiça de ler livros, tem o filme Trainspotting também, com o Ewan McGregor. Mas nada substitui a acidez das palavras de Welsh.




Perfeito pra quem se acha incompreendido e sozinho num mundo que mal se compreende também. Pra quem cresceu, mas não gosta das regras que isso implica. Pra quem não quer ser mais um adulto frustrado e inconformado.

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