quinta-feira, março 10, 2011

Tempo de desapego


Tô tentando fazer a prática do desapego para deixar novas coisas entrarem.
É incrível, mas é quase instântaneo: parece que somos um equilíbrio, é só deixar um espacinho vago, para outra coisa ocupar.

Não estou falando especificamente do amor. Mas também serve. Ou teria algum outro jeito de explicar porque quando achamos que não iremos mais sentir borboletas no estômago e conhecer outra pessoa tão apaixonante, isso acaba acontecendo mais cedo ou mais tarde?

Aplique o mesmo raciocínio também às coisas materiais. Para uma roupa nova entrar, precisa de espaço no guarda roupa. E por aí vai.

A fase do desapego é difícil. Tanto de gente, de amizade que se construiu, de amor que se viveu, quanto daquela blusinha já surrada que você tanto amava - guardada as devidas proporções, claro.

Implica em uma escolha, em decidir o que é melhor ou não, muitas vezes sem chance de voltar atrás. Mas sempre, sempre mesmo, com a chance de começar tudo de novo do zero. E às vezes não é melhor assim?

Abrir mão, deixar para trás, escolher, tomar a decisão final. Só depende da gente. E por isso achamos tão arriscado. A boa notícia é: ninguém está preparado para isso. Apenas existem aqueles mais seguros, ou que dão sorte vez ou outra, ou aqueles que depois de muito analisarem, continuam na mesma.

Depende só de você.


a foto que ilustra o post eu peguei desse fotolog aqui.

quarta-feira, janeiro 12, 2011



Aos 15 ela achava que só o amor bastava. Ele era suficiente para preencher uma relação a dois. Mas doce engano, afinal o que era ali senão amor platônico, amor de um só.

Aos 20 descobriu que amor era mais. Precisava da convivência para se acostumar com certas coisas. Era amor de dois.

Aos 35 tinha certeza de que o amor era paciência e dedicação. E que um lado sempre haveria de ceder. E que o amor era dividido com filhos e trabalho.

Aos 50 viu que era tempo. Brigas, mágoas, passado. Tudo podia ser curado e esquecido com ele.

Por fim, conclui: era amor demais para deixar passar.